Você conhece iniciativas brasileiras de frotas conectadas e compartilhadas? Durante a 7ª Conferência Global PARAR, gestores compartilharam cases que estão sendo um sucesso devido a implementação da inteligência artificial (I.A.) e como elas ajudaram no processo de gerenciar frotas.
Atualmente, gerenciar frotas ainda é um desafio e tanto. Contudo, conforme os anos passam, mais ferramentas chegam ao mercado – e com elas, soluções para otimizar o cotidiano dos gestores. Aplicativos de gerenciamento de frota permitem ao gestor saber exatamente onde as frotas estão, controlar o gasto de combustível, verificar o excesso de velocidade, o uso de marcha lenta, avaliar motoristas, entre outros benefícios. Assim, o investimento em tecnologia, a coleta de dados, a aplicação de Inteligência Artificial (I.A.) e a conectividade implicam em novas práticas de gerenciamento de frota. E conexão também tem a ver com partilha: hoje, veículos corporativos compartilhados são uma realidade, promovendo sustentabilidade e acesso mais democrático à mobilidade.
A conectividade é o pilar principal no desenvolvimento de novos negócios e serviços da Scania. Fruto do investimento em tecnologia, o contrato de manutenção de veículos com planos flexíveis oportuniza operações mais justas, ao considerar, por exemplo, a capacidade de carga de cada veículo. De acordo com Felipe Angelini, engenheiro de produto de serviços conectados da Scania, os dados de conectividade também são utilizados para otimizar o intervalo de parada dos veículos, aumentando a rentabilidade dos clientes.
Segundo Angelini, hoje, entre clientes e sistemas Scania, cerca de 50 mil veículos estão conectados em todo Brasil. A conexão é feita pelo General Packet Radio Service (GPRS), tecnologia que aumenta as taxas de transferência de dados, e via 3G. “Tudo parte de um módulo que está embarcado de fábrica nos veículos. Ele comunica os dados da operação de nossos clientes para uma central, que por sua vez organiza esses dados e os distribui aos clientes e aos sistemas internos da Scania”, explica Angelini.
Os dados organizados geram um relatório, utilizado para auxiliar vendedores e consultores de soluções, o Scania Fit. Com o relatório, é possível visualizar o diagnóstico da frota, ou seja, o gestor tem acesso a informações a partir das quais pode fazer recomendações e pensar soluções que aumentem a rentabilidade do negócio, como verificar o potencial de economia de combustível e de redução de emissão de CO2.
A Scania oferece aos seus clientes produtos de conectividade. Entre eles estão os pacotes de análise, de avaliação do motorista e de desempenho. O Scania Zone, por exemplo, consegue reduzir automaticamente a velocidade dos veículos, de acordo com regiões pré-determinadas. “O cliente consegue customizar exatamente o dashboard como ele quer. Não podemos esquecer que a peça fundamental de toda a operação logística é o motorista. A função mais utilizada é a avaliação de motorista. Ela faz uso de I.A. e cria um ranking [de acordo com o desempenho dos condutores]”, diz Angelini.
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Mobilidade flexível, inteligente e compartilhada
Como resultado da inserção de processos automatizados na gestão de frotas, da cultura de compartilhamento, da popularidade dos dispositivos móveis e da conectividade, hoje, a mudança que mais impacta o setor é a mudança de status do carro: valorização do valor de uso, em detrimento do valor de posse. Entre as soluções de mobilidade que vão além do produto, está o car sharing corporativo.
De acordo com Rafael Taube, CEO da Joycar, plataforma especializada na implementação de car sharing corporativo, “carro conectado é sinônimo de carro compartilhado”. Entre as vantagens do car sharing corporativo estão: redução de custo; sustentabilidade, porque menos carros vão estar nas ruas; e democratização do acesso à mobilidade. “Ao invés de conceder um carro para cada colaborador, você concede o acesso a uma frota menor. Removendo os carros das ruas, fazemos do mundo um lugar melhor. Não vamos conseguir viver os próximos 30 anos igual vivemos os últimos 30”, explica Taube.
De acordo com o CEO, os gestores que utilizam o acesso ao carro como um benefício a alguns colaboradores, com o car sharing corporativo, podem estender a vantagem a mais colaboradores, democratizando o acesso efetivamente. “E por fim, mas não menos importante, a segurança. Com a frota compartilhada, o gestor acompanha em tempo real qual a situação do carro. Se aquele carro tiver algum dano que impeça o usuário de utilizá-lo com segurança, a reserva é automaticamente cancelada”, destaca Taube.
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Fonte: Guilherme Popolin, para a 22ª edição da PARAR Review