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Carros conectados, uma tendência que veio para ficar

Carros conectados

O conceito é bastante simples, mas pede alguns cuidados para não cairmos em uma visão reducionista dessa inovação. Os carros conectados são veículos que, através de um sistema de conectividade integrado, armazenagem e processamento de dados, podem oferecer uma série de benefícios para o condutor.

 

E, só para começar a lista, temos: serviços de telemetria com mensuração da velocidade e aceleração, nível de abastecimento, detecção de freadas bruscas e ignição, enfim, uma gama variada de possibilidades. Outras funções mais familiares aos consumidores também estão disponíveis, como o  rastreamento do veículo, mas, a grande diferença dessa tecnologia a um simples rastreador, está na integração e processamento de dados, e é a partir disso que a “mágica” acontece.

Imagine, por exemplo, que além de saber onde o carro esteve em um certo período de tempo, seja possível a seus usuários saber também se o cinto de segurança estava afivelado durante esse trajeto. Se o perfil de condução não poderia sugerir, de repente, um ritmo mais estável das acelerações. Ou até mesmo, se é conveniente uma parada para abastecer, baseado no nível do combustível e a distância do posto de gasolina mais próximo.

Em segurança, é possível implementar a prevenção a roubo, assistência preventiva e alertas diversos de cuidado com o carro. Quando esses dados andam de mãos dadas, eles podem gerar informações com um nível de detalhamento bastante profundo sobre o uso do veículo. Dessa forma, a experiência do usuário é otimizada.

É importante entender nesse ponto, que o sistema que interliga tudo isso está muito além dos dispositivos de mensuração e controle que ficam dentro do carro, os chamados ECU (Electronic Control Unit). E para que esse cenário se torne realidade, além do carro, é necessário que as informações sejam enviadas a um servidor que armazene e processe esses dados.

E toda essa infraestrutura faz parte do serviço que traz comodidade e aprimoramentos ao cliente final.


Internet das coisas virou internet dos carros?

Em suma sim, o conceito apresentado pelo engenheiro inglês Kevin Ashton ainda em 1999 amplia cada vez mais seus horizontes (você já deve ter ouvido falar nele). Assim, a internet das coisas (ou na língua natal de seu idealizador, Internet of things) pegou carona nos automóveis, e promete trazer grandes mudanças para a mobilidade urbana nos próximos anos.

Outro ponto interessante da recente história do IOT é que, a princípio, o seu uso visava melhorias na cadeia de suprimentos para indústrias, como o uso do Identificação por radiofrequência. Quem diria que de caixas de produtos passaríamos a melhorar o uso de nossos carros!

 

Inovação direto de fábrica

A novidade é que algumas montadoras passam a oferecer tecnologia já integradas aos seus veículos direto da fábrica, como é o caso da Hyundai e o seu sistema Blue Link, que pode ser acessado de um smartphone.

As funções do app que integra carro e celular são variadas e vão dos controles remotos de ignição, ar condicionado e abertura das janelas, até itens de segurança, como imobilização do veículo em caso de roubo e prevenção à colisões.

O sistema da Sul Coreana foi lançado em 2019, e logo mais estará disponível no modelo HB20 de 2022. Também será possível habilitá-lo para carros anteriores ao lançamento, por um valor sugerido de R$1.400,00. A mensalidade é de R$ 29,90, e os seis primeiros meses de uso são isentos dessa taxa.

Esperamos, assim, que a democratização desse tipo de tecnologia ofereça soluções que se adaptem ao uso e comportamento dos condutores, além de benefícios que reforcem comportamentos positivos.

Assim é o carro do futuro, que aliás, já se faz presente. E sua maior qualidade é estar conectado!

 

>> Escrito por: Victor Morita