
Semana passada, lançamos mais um episódio do De Gestor Para Gestor, nosso podcast sobre gestão de frotas, que traz entrevistas com profissionais do ramo. Pelo nosso contexto da segunda década de ação pelo trânsito e a campanha de Maio Amarelo, trouxemos para a pauta a segurança. E para enriquecer nossa conversa, dois parceiros muito especiais nos deram a visão de quem lida diariamente com o assunto, o Alejandro Furas secretário geral da LATIN Ncap e o Marco Inocêncio, especialista em frotas do grupo Orguel.
Entre os diferentes sotaques que deram mais vida à nossa mesa virtual, nossos convidados compartilharam suas experiências sobre como a cultura de segurança precisa ser mantida em vários aspectos cotidianos, tanto no nível operacional, quanto no estratégico.
“Eu acho que, sobretudo, é preciso trazer, além da questão do custo, a segurança. Claro que isso vai muito da ideologia de cada empresa. Mas quando você está numa empresa que não tem muito essa cultura de segurança trabalhada, é um caminho que você vai ter que percorrer. Porque é só depois de uma cultura de segurança implantada e valorizada é que provavelmente você vai conseguir fazer esse balanceamento. E assim, fazer com que as pessoas, principalmente as que estão muito preocupadas com custo, também comprem a ideia da segurança.”
É o que pontua Marco, profissional formado pelo nosso Programa de Gestores de Frota. Ele também ressalta que esse conjunto de práticas é o primeiro passo para que a aquisição de carros mais seguros ocorra. Junto a isso, as ferramentas de gestão e demais itens de prevenção a acidentes também passam a ser legitimados dentro de uma empresa.
>> Confira aqui os recortes da entrevista em nossa série PARAR em 5
Já no contexto das montadoras, Furas é bem enfático ao tratar do custo como algo que nunca deve ficar à frente das vidas.
“O custo para a montadora de um airbag frontal são 60 dólares ou menos, ok? Se você por no carro que já tem ABS, o computador, o sistema eletrônico que opera o “esc”, tem custo de 60 dólares, ou menos. Do que estamos falando aqui? Quanto vale a vida de um operário de uma frota, a vida de um brasileiro? Acho que o brasileiro vale muito mais do que 200, 300 dólares. Quando o governo não obriga, quando o mercado não obriga, então a montadora dá esse elemento como opcional, e vai cobrar o dinheiro que a ela quiser sobre esse elemento.”
Ele também salientou que a cobrança do mercado, assim como a legislação, tem o forte potencial de pressionar a indústria automotiva a seguir tais medidas técnicas, a exemplo dos airbags. Assim, a responsabilidade dos gestores de frotas na hora da compra dos carros é exigir que esses requisitos sejam atendidos, pelo bem de nossos condutores e da segurança viária.
Ficou curioso para saber mais? Ouça já o podcast na íntegra, e fique à vontade para conversar com a gente também, afinal queremos saber: como está a segurança da sua frota?
>> Escrito por: Victor Morita