
Muito se tem falado sobre inovação, você tem que ser inovador, ter um projeto inovador, trabalhar em uma empresa inovadora ou mesmo largar o seu emprego tradicional e arriscar o próprio negócio para que você tenha a liberdade para fazer o que? Inovar. É tanta gente falando sobre isso que eu tenho a impressão de que a palavra está perdendo o seu sentido.
Usamos tanto esse termo no dia a dia e ainda vemos empresas montando áreas cada vez maiores para discutir o que pode ser inovado. Dias atrás, estava com meu amigo querido, o Alexandre Frankel, e ele me disse algo curioso: “Flavio, qualquer evento que tiver essas cinco palavras na divulgação lota: Startups, Inovação, Exponencial, IoT e Inteligência Artificial”. E não é que é verdade? Estamos vivendo a moda dos termos do futuro.
Decidimos, em algum momento da nossa história, que o futuro, ou melhor, que nossas vidas dependem dessas cinco palavras. Se não inovarmos, morreremos. A palavra inovação vem do latim innovatio, que significa “um objeto, método ou ideia que é criado e nada tem a ver com os padrões anteriores”.
Ou seja, criar algo que ninguém criou ainda. Fazer algo que ninguém fez, pensar em algo que ninguém pensou. Na minha opinião, a grande crise que vivemos não é em criar o que ninguém criou e sim em valorizar e reconhecer o que já existiu. Tem muita coisa rolando no mundo que são reflexos de coisas, ideias ou processos que já existiram e estamos só dando uma roupagem nova. A grande inovação que precisamos não é a de tecnologia, mas sim a humana. Precisamos começar a gerar, dentro das nossas empresas, pessoas que nunca existiram.
Colocar o ser humano no centro parece uma coisa simples, mas não é. Ainda construímos inovações que são focadas em processos, ideias e tecnologias, mas não em pessoas. Simon Sinek diz que os novos 3 P’s são: Paixão, Pessoas e Propósito. Que tal fundarmos novos departamentos para discutir e promover esses três temas e deixar que o novo surja dali? Nunca presenciamos uma época em que é tão latente a necessidade de Tech e Human caminharem juntos.
Estamos na era da indústria 4.0, das organizações exponenciais, da transformação digital e mesmo assim vivemos em um mundo cada vez mais desigual. Não parece que a conta não bate? Inovar é investir em pessoas tanto quanto investimos em tecnologia. Se a sua ideia, projeto ou produto não muda a vida de ninguém, de verdade, não vale a pena o esforço. A história mesmo nos mostra que nenhuma revolução é feita sem pessoas, e muito menos a tecnológica.
Em outubro, nós vamos realizar a sétima edição da Welcome Tomorrow e a inovação estará em todos os aspectos do evento. Mas não essa inovação que estamos acostumados a discutir. Nós vamos falar da inovação que muda as pessoas. Vamos incentivar profissionais e empresas a repensarem o valor do tempo e da vida através do viés da mobilidade, da tecnologia e do futuro do trabalho. O projeto deste ano está ficando fora de série, de verdade. Estamos quadruplicando o tamanho e promovendo uma série de experiências que serão impactantes. Serão seis dias de evento (5 a 10 novembro), em São Paulo, onde vamos construir sete novos mundos de mobilidade. Para quem não conhece, esse é o trailer de como foi no ano passado: https://lnkd.in/gDcNByj.
As expectativas estão altas e gostaria muito que você pudesse participar dessa experiência, mas até esse encontro, desejo que você aproveite seus dias para desenvolver mais a sua paixão por inovar, utilizar seus talentos para transformar a vida das pessoas e fazer a diferença através do seu propósito.
💡 Flavio Tavares