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Um ambiente de trabalho mais leve e colaborativo é possível

“Mudanças na forma de gerir a empresa podem contribuir para que os funcionários sintam-se motivados e, dessa forma, sejam mais produtivos no trabalho”

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Estar no trabalho não precisa ser um peso. E as empresas mais antenadas já descobriram isso. Um ambiente corporativo mais leve, desafiador e focado em resultados contribui para que os funcionários sintam-se mais motivados e desenvolvam um comportamento colaborativo. Por outro lado, em locais onde o que impera é uma cultura de controle e opressão, cria-se colaboradores dependentes e que não estão abertos a executar além do que lhes foi designado. A conclusão é do consultor em carreiras Sidnei Oliveira, autor de vários livros sobre liderança e dos best-sellers da série Geração Y.

De acordo com o consultor, as novas tecnologias contribuíram para uma mudança importante com a forma com que as pessoas se relacionam com o trabalho. Isso acontece porque, nos dias de hoje, por conta da mobilidade tecnológica, os limites entre vida pessoal e profissional estão cada vez menos definidos. Ou seja, é possível, por exemplo, que um funcionário responda um e-mail de trabalho no sábado ou acabe de resolver algumas pendências após o expediente.

A produtividade fora do ambiente de trabalho faz com que as pessoas desejem, em contrapartida, terem espaço para aspectos da sua vida pessoal dentro das empresas. “Os funcionários valorizam ambientes que se assemelham muito ao próprio espaço pessoal. Por isso, eles esperam poder levar o pet para o trabalho, navegar nas redes sociais, estudar, não querem restrições quanto a isso”, explica Oliveira.

Segundo o consultor, essa fusão entre os dois ambientes representa um desafio enorme para as empresas. “Os gestores mais antigos veem isso como enrolação e não percebem que as pessoas trabalham muito mais hoje do que antigamente”, pontua.  No entanto, a flexibilidade que o profissional deseja precisa vir acompanhada de maturidade por parte dele também.

Neste sentido, uma das formas de atingir a maturidade e autonomia da equipe é por meio de programas de mentorias, em que o gestor atue como mentor. A ideia é que quanto mais a equipe cresça, mais o mentor consiga delegar funções e conceder a flexibilidade desejada. “Com um grupo maduro é possível trabalhar horário e ambientes de trabalho flexíveis. Serão pessoas focadas em resultados e não em tarefas específicas”, afirma Oliveira.

O consultor em carreiras ainda aponta que um ambiente de trabalho mais leve e colaborativo pode ser atingido quando a empresa, respeitando sua cultura, admite quebrar algumas estruturas muitos rígidas. “É preciso mexer nos processos, ter um gestão menos burocrática, mais objetiva, com regras diretas e claras”, destaca.

Ele ressalta também que os profissionais de hoje querem alinhar o seu propósito pessoal com o propósito da empresa e, para isso acontecer, uma gestão mais transparente é fundamental. “As pessoas estão pressionando os gerentes a serem transparentes e coerentes. Elas estão cansadas de zonas cinzentas, coisas não ditas, querem ver os gestores agindo da forma que pregam que deve-se agir”, conclui.

Mudanças estruturais

Mudanças na estrutura física do ambiente corporativo também podem auxiliar na motivação dos colaboradores e para que eles se relacionem com o trabalho de uma forma mais prazerosa. O consultor em carreiras Sidnei Oliveira rechaça a organização rígida e estruturada da maioria dos escritórios, em que os profissionais são divididos em baias, trabalhando, muitas vezes, dentro de um cubículo.

No entanto, segundo o consultor, de nada adianta adotar medidas estereotipadas, como a inserção de uma mesa de pebolim no espaço ou puffs coloridos. Para ele, essas ações são, muito mais, marketing do que propriamente efetivas na motivação dos funcionários.

Um ambiente de trabalho ideal deve ser mais aberto, fluido e flexível. Em um espaço profissional moderno, o trabalho deve fluir de maneira natural, sem muitas paredes e divisões, o que permite uma comunicação mais frequente entre as pessoas, inclusive não verbal.

Multinacional aposta em gestão moderna para crescimento

Desde 2011, a empresa de tecnologia Movile adota uma postura moderna e diferenciada na gestão dos funcionários. Trata-se do “Jeito Moviliano de Ser”, que se baseia na valorização do profissional e ambientes que ofereçam livre acesso, em que a inovação possa fluir. Investidora de marcas como iFood, PlayKids e Sympla, a Movile atua como marketplace de aplicativos, uma espécie de shopping center virtual.

De acordo com a diretora de gente da Movile, Luciana Carvalho, o foco da empresa é justamente esse: as pessoas. “Se estamos conseguindo construir um grande negócio, isso só é possível através do nosso time. São profissionais que têm senso de donos, são focados em resultados, pró-ativos, protagonistas de suas carreiras e que estão sempre trabalhando com brilho nos olhos”, afirma a diretora.

Para isso, a empresa prioriza um ambiente de trabalho colaborativo que permite um ecossistema de troca. “Aqui temos acesso a tudo e a todos. Além disso, nós crescemos de forma acelerada, então nossas pessoas são expostas a muito aprendizado e autonomia.  Estimulamos todos a errarem e aprenderem rápido, trabalhando para fazer a vida das melhores melhor”, finaliza Luciana.

Brasileira e com mais de 2.300 funcionários, a Movile está presente em diversos locais do Brasil, como São Paulo (SP), Campinas (SP), São Carlos (SP) e Porto Alegre (RS). Além de ter escritórios nos Estados Unidos, França, México, Colômbia, Peru e Argentina.

7 motivos para não odiar a segunda-feira

Pensando em novas formas de se relacionar com o trabalho e com a vida profissional, o consultor em carreiras Sidnei Oliveira listou sete motivos para não odiar a temida segunda-feira. Confira:

1) É um dia com um bom pretexto para se fazer novas escolhas, pois é o início da semana;

2) Dificilmente, encontra-se pessoas “encerrando coisas” na segunda-feira;

3) É uma oportunidade para se fazer algo pela primeira vez;

4) Estamos mais descansados e com as baterias renovadas;

5) É um ótimo momento de reconexão com os principais parceiros de trabalho;

6) É um bom dia para contar e ouvir histórias interessantes do fim de semana;

7) É a primeira oportunidade da semana para refletir se encontra-se na direção que gostaria e, eventualmente, mudar.

💡Beatriz Pozzobon