
Em meu primeiro artigo no blog do Instituto PARAR, ao falar sobre a elaboração de um Programa de Segurança para Frota, eu comentei sobre a importância do diagnóstico, documento essencial para tudo o que você, gestor, pretende fazer em relação aos carros e condutores. Com base nas informações de um diagnóstico, começamos a ter ideias claras do que precisamos fazer. E, nesse sentido, há várias perguntas básicas sobre sinistralidade que precisam de respostas.
Pergunta #1: Que tipo de sinistralidade temos? Informação essencial para definir os conteúdos que os nossos condutores precisam ter acesso, estudar e conhecer melhor.
Pergunta #2: Como se distribui a sinistralidade pelos condutores? Essencial para verificar se os novos condutores precisam de uma formação específica e, também, para verificar se há condutores que apresentam mais acidentes e, por isso, também precisam de uma formação pensada para eles.
Pergunta #3: Temos telemetria na frota? Se sim, já é um ótimo começo, pois a telemetria é uma ferramenta essencial para a gestão de frotas e, sobretudo, para salvar vidas. Se não temos, já passou da hora de dar o start nesse novo projeto!
Pergunta #4: Se temos telemetria, quem trabalha as informações geradas por ela? Sabemos que é muita informação e, se há diferentes plataformas de gestão, tudo se torna ainda mais difícil.
Pergunta #5: Como recebemos informação dos acidentes?
Pergunta #6: E quem a trabalha?
Pergunta #7: Há normas sobre a utilização da frota?
Estas três últimas são essenciais para apurar responsabilidades e defender os interesses da empresa.
No próximo artigo, irei abordar outras ações importantes para criação desse plano de segurança para frotas e condutores.
Com longa carreira profissional nos transportes, na gestão de frota e na segurança rodoviária, ele atuou em diversos projetos nestas áreas, incluindo a racionalização de energia nos transportes e veículos com combustíveis alternativos. Além disso, coordenei o projeto europeu FREVUE nos CTT (de veículos elétricos de carga em logística urbana financiado pela UE). José Guilherme foi premiado duas vezes pelo PARAR Awards: em 2017, que reconheceu o excelente trabalho com a frota que realizava nos Correios de Portugal; e em 2019, na categoria “Gestor com Propósito”. Atualmente, José Guilherme é responsável pela Segurança Rodoviária e Racionalização de Energia da Frota dos CTT (os Correios de Portugal).
José Fernando Guilherme
(diretamente de Lisboa, Portugal)