Entenda a importância de projetos de sustentabilidade para o futuro das frotas brasileiras
Não é de hoje que assuntos como aquecimento global e as emissões de poluentes preocupam. Desde 1990, as emissões globais de dióxido de carbono (CO2) aumentaram mais de 50% por conta do aumento da frota de veículos automotores. Até 2030, é estimado que a produção de combustíveis fósseis, como o petróleo, devam gerar 39 megatoneladas de CO2 na atmosfera, segundo relatório da ONU Meio Ambiente. Essa poluição não é só responsável por graves problemas ambientais, como também geram sérios problemas de saúde. Uma pesquisa publicada pelo Lancet Planetary Health aponta que 4 milhões de novos casos de asma infantil, por ano, são ocasionados pela poluição gerada por automóveis. Por isso, a hora de tirar a sustentabilidade do papel precisa ser agora!
Países do mundo inteiro se comprometeram a reduzir as emissões de gases de efeito estufa no Acordo de Paris. No documento que apresenta a Contribuição Nacionalmente Determinada do Brasil, o país se compromete a aumentar a participação de bioenergia sustentável para aproximadamente 18%, reduzir as emissões em 43% abaixo dos níveis de 2005, restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares de florestas e alcançar uma participação estimada de 45% de energias renováveis na composição de matriz energética até 2030. Esse pontos são fundamentais para contribuir com o Acordo de Paris e, obviamente, com o meio ambiente. Mas sabendo que 70% da poluição do ar das grandes cidades é causada pelo setor de transportes, de acordo com o Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA), quais têm sido as medidas adotadas pelas frotas para mudar esse cenário?
O Genesis Group é uma empresa do agronegócio, com 19 anos de mercado e nesses últimos anos, têm colocado seu tempo a favor do planeta. Segundo o gerente de frota e suprimentos do Genesis Group, Rodrigo Simões, a empresa tem feito parcerias para realizar pesquisas a respeito da emissão de poluentes da frota, realizando uma análise dos indicadores desses poluentes a fim de reduzir de maneira efetiva essas taxas. Além disso, Simões também conta que enquanto a frota não tem veículos de emissão zero – veículos elétricos – é feito um trabalho para que os condutores possam sempre abastecer com biocombustíveis, como o biodiesel.
Outra frota que está passando por mudanças visando a sustentabilidade é a da DB Diagnósticos do Brasil, empresa do setor de saúde responsável por exames laboratoriais. O gerente corporativo de logística e operações, Édison Rocha, afirma que a mobilidade elétrica já é um dos projetos da DB Diagnósticos que deseja, em breve, implantar motos elétricas na frota. “Não adianta cuidarmos da amostra do paciente e por outro caminho poluirmos com a fumaça de nossos veículos”, conclui Rocha.
A troca por elétricos além de ser uma estratégia inovadora, apresenta grandes benefícios para o meio ambiente. A diretora de mobilidade sustentável da Renault, Silvia Barcik, afirma que “uma substituição de 20% da frota por veículos elétricos pode reduzir em 40% as emissões de gases poluentes emitidos por esta frota”. A Renault é pioneira quando o assunto é mobilidade elétrica; com o Projeto Cidades, a montadora disponibiliza seus veículos zero emissão para contribuir com grandes cidades. Um dos exemplos é Brasília, onde o modelo Twizy, com dois lugares e 100% elétrico, é compartilhado entre os servidores públicos do Governo do Distrito Federal.
Atualmente, a sustentabilidade é muito bem vista aos olhos dos consumidores e é até fator decisivo na hora da compra. De acordo com pesquisa feita pela UOL, 84% das pessoas estão mais propensas a comprar produtos e serviços de empresas que desenvolvam projetos sociais e respeitem o meio ambiente. Essa pesquisa nos mostra que a sociedade está mudando e está cada vez mais preocupada com o planeta que iremos deixar para as futuras gerações. Cabe ao setor automotivo pensar estratégias e maneiras de reduzir as emissões de poluentes e contribuir para um setor mais sustentável.
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