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Maio Amarelo: por que falar sobre segurança no trânsito?

Falar sobre segurança no trânsito é muito mais que falar sobre regras e punições, é falar sobre preservar vidas

Estamos na reta final do mês de abril e para quem é ligado ao setor de frotas ou às questões de trânsito, já é hora de começar a planejar campanhas e ações voltadas ao Maio Amarelo. 

No dia 11 de maio de 2011, a ONU decretou a Década de Ação para Segurança no Trânsito, fazendo com que o mês de maio se tornasse referência mundial para o balanço das ações que o mundo inteiro realiza. O amarelo representa atenção, além de ser uma referência à sinalização do trânsito.

No Brasil,  a iniciativa é uma ação coordenada entre o Poder Público e sociedade, envolvendo os mais diversos segmentos: órgãos de governos, empresas, entidades de classe, associações, federações e sociedade civil organizada.

 

Por que falar de segurança no trânsito?

Dados da Pesquisa Mobilidade Urbana 2022 mostram que, em média, os brasileiros que residem nas capitais passam 120 minutos por dia no trânsito para ir a lugares como o trabalho, escola, faculdade ou centros comerciais, sendo que 28,3% levam de 30 minutos a 1 hora e 31,9% levam de 1 a 2 horas.

Se considerarmos apenas as capitais do Brasil, os brasileiros passam 120 minutos por dia no trânsito para ir a lugares como o trabalho, escola, faculdade ou centros comerciais e 28,3% levam de 30 minutos a 1 hora e 31,9% levam de 1 a 2 horas.

E porque estamos trazendo esse tipo de dado? Porque grande parte de todo o nosso tempo de vida passamos nos deslocando de um lugar para o outro. A segurança no trânsito não é apenas uma questão legislativa ou de punição, mas de cultura e comportamento. 

Para se ter uma ideia, o Código de Trânsito Brasileiro foi instituído pela Lei nº 9.503 em 1997. A partir deste documento uma série de mudanças foram incorporadas na legislação brasileira para conter o surto de violência crescente desde 1990. O impacto do Código Brasileiro de Trânsito na dinâmica dos acidentes de trânsito nos primeiros anos da sua implementação foi bastante significativo. 

Entre 1992 e 1997, data de entrada em vigor da nova lei, a mortalidade entre jovens alcançou taxas alarmantes, um aumento de cerca de 26,6%, enquanto as do resto da população cresceu 20,3%. Com isso, a vitimização de jovens nos acidentes de transporte aumentou 28,2%.

A partir de 1997 até o ano 2000, já com a legislação em vigor, observou-se uma retração na porcentagem de mortalidade por acidentes. Em 1998  houve uma queda superior a 13% na taxa de mortalidade, já nos anos subsequentes, as quedas foram menores, 2% ao ano, em média. Os dados são do documento elaborado pelo Governo Federal em 2014, o Mapa da Violência

 

Revisão da norma NBR 10697

Não é por acaso que batemos na tecla da promoção da segurança no trânsito enquanto cultura dentro das empresas. Publicada em novembro de 2020, a revisão da norma NBR 10697 determina a adoção do novo termo “sinistro de trânsito” para “todo evento que resulte em dano ao veículo ou à sua carga e/ou em lesões a pessoas e/ou animais, e que possa trazer dano material ou prejuízos ao trânsito, à via ou ao meio ambiente, em que pelo menos uma das partes está em movimento nas vias terrestres ou em áreas abertas ao público”.

Para Conrado Braga Zagabria, Engenheiro de Transportes, é importante ter em mente que “acidentes de trânsito” são evitáveis. “Acidentes de trânsito” não são acidentes. A velocidade, o desenho das vias, as leis e as condições de mobilidade disponíveis para as pessoas contribuem decisivamente para os riscos de uma colisão ou atropelamento ocorrer. Habituamo-nos a chamar esses eventos de acidentes, como se fossem fortuitos e aleatórios, mas não são”, destaca. 

 

Maio Amarelo PARAR

Este ano, o Instituto PARAR dará início à campanha Maio Amarelo PARAR: um movimento de transformação pela segurança no trânsito. O objetivo é inspirar Gestores de Frotas de diferentes empresas a se comprometerem com o desenvolvimento de uma cultura de segurança em suas empresas. Por isso, a ideia de movimento. Grandes mudanças acontecem se todos nós nos movimentarmos juntos. 

A campanha terá material de divulgação próprio, então fique atento nas redes sociais do Instituto PARAR para ter acesso e conferir outros conteúdos informativos.